sábado, 21 de dezembro de 2019


Antonio Soares Júnior foi deputado estadual em 3 mandatos, o primeiro na  9ª legislatura, de 1913-1915; segundo mandato, no período de 1924-1926. Foi eleito para 14ª legislatura, equivalente a 1930 a 1932, porém foi dissolvida pela Junta Militar em 6 de outubro de 1930.
FONTE – LIVRO UMA HISTÓRIA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO RIO GRANDE DO NORTE, DE LUÍS DA CÂMARA CASCUDO

ANTÔNIO SOARES JÚNIOR


PRIMEIRO MÉDICO MOSSOROENSE
Dr. Antônio Soares Júnior: Em 4 de maio de 1881, numa quarta-feira, nascia, no subúrbio Barrocas, em Mossoró, o Dr. Soares Júnior, que foi médico e ex-Prefeito da cidade. O Dr. Antônio Soares Júnior foi o primeiro mossoroense a se doutorar em Medicina. Filho legítimo de Antônio Soares de Góis e Josefa Soares de Góis. Estudou preparatório com o Cel. Bento Praxedes e o Dr. Paulo Loureiro de Albuquerque. Matriculou-se em 7 de setembro de 1900 no Colégio Sete de Setembro, de Antônio                                                                                 Gomes de Arruda Barreto, concluindo os exames parcelados em janeiro de 1904, quando ingressou na Faculdade de Medicina, na Bahia. Farmacêutico em 5 de dezembro de 1905. Aspirante ao Internato no Hospital de Santa Izabel, na Bahia, em 1907, posto em que serviu até 1909. Neste último ano, aos 13 de dezembro, doutorou-se em Medicina, defendendo a tese “Ligeiras Considerações sobre o Lupus William”. Voltando a Mossoró, instalou o seu consultório na Farmácia Rosado, do seu amigo Jerônimo Rosado, mas atendia também na própria residência. Atendia aos pobres da mesma forma que atendia aos remediados. Todos depositavam na sua competência a maior confiança. Sem consultar formulários, escrevia as receitas com adequada composição dos ingredientes, que a Farmácia Rosado preparava. Exercia a clínica em geral, mas sua especialidade era a obstetrícia. Em Mossoró foi durante muitos anos chefe político de grande prestígio, prestando inúmeros serviços à comunidade que o tinha como um dos seus mais credenciados líderes. Sereno, equilibrado, é um dos altos nomes da história política de Mossoró. Exerceu vários cargos eletivos, tendo sido Deputado Estadual nas legislaturas de 1913/1916 e 1930. Vice-Presidente da Intendência no período 1917/1919, suplente de Intendente 1920/1922 e Intendente na legislatura 1923/1925. Foi o oitavo prefeito de Mossoró, após a criação desse cargo, e o sétimo do chamado período revolucionário. Nomeado pelo Interventor Mário Câmara, a 20 de setembro de 1933, assumiu o exercício no dia seguinte, e governou até o dia 4 de novembro de 1935, quando se exonerou. Quando assumiu a chefia da municipalidade mossoroense, o clima político no Estado era de exalação extremada e Mossoró não fugia à regra. Soube, porém, pelas suas qualidades de cidadão moderado, acalmar os ânimos, sem se deixar envolver pelo clima. Quando a cidade se desencadeava no agravamento de paixões políticas, e ao saber de qualquer medida policial contra adversários do governo, pessoalmente a reprimia, de forma a evitar constrangimento a comunidade mossoroense. No exercício de sua profissão, conquistou amizades em meio de seus conterrâneos. Exerceu o magistério como titular da cadeira de matemática da Escola Normal de Mossoró, chegando mesmo a ser vice-Diretor do educandário. Era matrimoniado com dona Josefina Gurgel Soares, filha do desembargador Felipe Nery de Brito Guerra, membro proeminente do Tribunal de Justiça do Estado. Durante a sua administração como Prefeito de Mossoró, vários acontecimentos mereceram destaque, como nos lembra o historiador Raimundo Soares de Brito:  “A 16 de julho de 1934 foi promulgada a Constituição Brasileira, quando Getúlio Vargas, então na chefia do governo provisório, foi eleito pelos deputados para a presidência da República; A equiparação da Escola Normal de Mossoró. A Escola havia sido criada pelo Decreto 165, de 19 de janeiro de 1922, e instalada a 2 de março do mesmo ano, mas somente em 1934, através do Decreto 698, do Interventor Mário Câmara, foi equiparada à sua congênere de Natal; nesse mesmo período, deu-se a criação da Escola Técnica de Comércio União Caixeiral. A União Caixeiral foi criada por Francisco Izódio e outros, a 27 e agosto de 1911. Na presidência de Alcides Fernandes foi construída a sua sede, solenemente inaugurada a 30 de outubro de 1934 (Dia do empregado do Comércio). A 10 de fevereiro de 1935, por iniciativa de Thiers Rocha, foi criada a Escola de Comércio “União Caixeiral”, da qual foi também o seu primeiro Presidente”. O Dr. Antônio Soares Júnior faleceu em 12 de janeiro de 1966, também numa quarta-feira, deixando um grande círculo de amizade, principalmente entre as mulheres, como nos lembra o historiador Lauro da Escóssia, dada sua condição de obstétrico. 
FONTE – GERALDO MAIA

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